A Revolução Cultural e a Cultura de Cancelamento

13/05/2024

A Revolução Cultural na China foi um período de convulsão social e política que teve como objetivo a purificação da sociedade pela eliminação dos elementos “contra-revolucionários”. Este movimento levou à perseguição de intelectuais, professores e qualquer pessoa que “ameaçasse” a ideologia maoísta.

Nos últimos anos, temos testemunhado um fenómeno semelhante.

Professores e académicos têm sido expulsos dos seus cargos por expressarem opiniões que não alinham com a ortodoxia ideológica dominante.

A este fenómeno chamamos “cultura do cancelamento”.

Os paralelos entre a Revolução Cultural e a Cultura de Cancelamento são:

  • Intolerância a opiniões dissidentes;
  • Perseguição daqueles que ousam desafiar a ortodoxia;
  • Criação de um ambiente de medo e autocensura.

Tanto a Revolução Cultural quanto a cultura do cancelamento têm impacto na liberdade académica e no discurso. Quando professores e académicos temem expressar as suas opiniões abertamente, ou contrariar a narrativa dominante, está a pôr-se em causa o próprio fundamento da educação e da academia.

Um exemplo disso é a ideologia de género.

Que se propaga entre crianças e jovens, nas escolas, por professores e instituições públicas, cujos conteúdos programáticos são obrigatórios, ainda que contradigam os conhecimentos mais elementares de biologia, anatomia, genética, entre outros.

Sem que os pais dos alunos nada possam fazer.

Deixando que o Estado se aproprie de crianças e jovens, doutrinando-os, tal como Mao fez na China.

As universidaes estão cheias de cursos que de académicos e centíficos têm muito pouco. Onde se propaga a ideologia feminista e se ostraciza o masculino. Não é à toa que são muito mais frequentadas por mulheres do que por homens.

Criando fossos cada vez maiores entre ambos os sexos, o que em nada contribui para uma sociedade justa e equilibrada.

Constituindo, pelo contrário, o princípio do fim da mesma…

Assim, é essencial resistir a esta forma moderna de purga ideológica e proteger o princípio da liberdade académica. Devemos criar um ambiente onde se possa debater e discutir ideias livremente, sem medo de retaliação.

Pois o fracasso em fazê-lo terá consequências nefastas para a sociedade. Já que a supressão do discurso livre leva à estagnação intelectual e à erosão da confiança pública nas instituições, cenário ideal para regimes totalitários.

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