Adorei. Cada cena, cada diálogo, cada atitude e falta dela, cada forma de amar, é disso que o filme trata, de todos os tipos de amor. O amor dela pelo marido, um amor tranquilo, que sofre da ausência dele, do arroubo da paixão, um amor que ela não consegue concretizar, o amor apaixonado dela pelo amante, o amor incondicional dela pelo filho, do qual abdica por saber que não tem condições emocionais para levar adiante, o amor do marido por ela, não quero perdoá-la, preciso de a odiar, genial, genial, que não falha, nunca, nunca falha…, quando ela o chama por achar que vai morrer, o amor que é suficiente para perdoar. Ela não conseguir lidar com a nobreza de sentimentos do marido e do filho, isto explica tanta, tanta coisa na minha vida que vocês nem sabem…, o amor daquela pobrezinha, que cuida do moribundo com toda a dedicação e compaixão do mundo, a princesa que faz exatamente o mesmo, aproximando-se de alguém de quem estaria socialmente longe, a quem não teria acesso, o amor do ruivinho pela loirinha, não foi a razão que te levou a casar com ela, o amor dela por ele, à maneira dela, a necessidade de companhia, a necessidade social do emparelhamento, a substituição da paixão não correspondida por um amor tranquilo, o que se lê nas entrelinhas, aquele bebé vai rapidamente substituir o marido na dedicação e no amor dela, o facto de a Anna Karenina não conseguir viver na dúvida, sem estar apaixonada, sem a possibilidade do amor exclusivo do amante, e se matar…, ela enquanto bode expiatório de uma sociedade inteira, a mulher tinha uma coragem que não é para qualquer um, que vem da paixão, do amor pelo amante, que não segura a onda… O amor dele pelos filhos, o amor dos irmãos. As amigas que ficam do lado dela, sem a julgar, as mulheres que se ficam pela quebra da regra, da lei, cheias de vontade de fazer o mesmo, incapazes de alguma compaixão, como é a razão, a cunhada que assume o que toda a sociedade projeta na Anna Karenina, bem que eu queria fazer o que fizeste, mas nenhum homem se predispôs a isso, a imagem pública que tem de ser defendida, o que se faz em privado e que cabe à consciência de cada um, a escolha, a escolha, o tipo de coisa que cada um deles aguenta, e suas consequências. Genial. Em tudo, nos décors, no guarda-roupa, lindos os vestidos, coisa que normalmente nem reparo, nos atores, brilhante Keira Knightley, brilhante Jude Law, brilhante o gajo que faz de amante, nas locations, na fotografia e, caramba, na realização, primorosa. Filmaço.
Primeira pessoa que oiço dizer que gostou… Fiquei curiosa. :)
sério? putz, eu amei, mesmo. Não li o livro, no entanto…
Pois, eu tentei ler mas confesso que fiquei a meio. Ca chato que era o gajo. :-p
Fora que o livro é um calhamaço que não dá para levar a lugar nenhum.
Vou ver, quando sair em dvd.
LOL :D a pessoa vai indo pra idade e tem de poupar as cruzes, estás certíssima :D
Isa, compreendo que tivesse gostado tanto porque ainda não leu o livro, para quem já o leu, torna-se um pouco decepcionante, talvez incompleto(pelo menos, aconteceu comigo). Curiosidade, também vi o filme só hoje.
Já agora, qual é o actor do Match Point? não estou a ver? Terei de rever o Match.
Francisca :D não é o gajo do match point, é o ator que fez de john lenon no último filme sobre o dito, enganei-me, já corrigi, era o amante :)
pois é, normalmente os filmes sobre livros decepcionam sempre, pq o filme é bem menor do que o livro, e necessariamente tem de cortar partes, mas tb porque ao lermos imaginamos os personagens e os locais na nossa cabeça, que nunca correspondem
Ok. Obrigada.
Pois, a decepção existe quase sempre de livros para filmes, mas neste achei que se aprofundou pouco (em relação ao livro) a densidade psicológica de alguns personagens.
Em termos de realização, embora tivesse estranhado no início, achei interessante o encaixe do teatro no cinema e funcionou lindamente – parece que se deveu a limitações financeiras, segundo li.
olhe, agora fiquei curiosa com essa observação: a densidade psicológica de alguns personagens.
o que me apaixonou na realização, que me apaixona sempre, é o detalhe, da roda do combóio, do estalar dos dedos dele, as cenas de sexo entre ela e o amante e o tipo de planos que o realizador escolheu, principalmente essas, brilhante, brilhante… e muitas outras, de detalhe ;)
fui
Olá Isa, também vi o filme no fds e, contra o que é meu costume, ainda não li o livro. Adorei o filme, apaixonante e arrebatador, os sentimentos tão intensos que se deixavam tocar pelo espectador. Fui supreendida em muitas cenas, quando ela grita 'Alexei' nas corridas, e a princesa a lavar o moribundo…duas mulheres para além do seu tempo.
Olá Maeva, nossa, que coisa, vinha agora acrescentar exatamente a cena da mulhe do moribundo e da princesa, caramba, como pude esquecer-me. e vi o seu comentário :)
sim, impressionante a cena da Anna quando grita pelo Alexei, é muito emocional ela, só poderia ter reaido assim, com essa autenticidade toda :)
e a cena do combóio, juro, até me encolhi toda…
já leste o livro? esse sim, livralhaço :)
ah, entretanto li os comentários e verifico que não.
aconselho :)