De acordo com Carl Jung, os arquétipos estão na génese do inconsciente coletivo, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento da personalidade.
Arquétipos são símbolos, imagens ou padrões universais, comuns a toda a humanidade. Independentemente da cultura ou da época, que se manifestam nos sonhos, na arte e na mitologia. E que refletem tanto temas quanto padrões de comportamento universais.
O inconsciente coletivo é onde esses arquétipos se encontram.
Jung defendia que, quando nascemos, somos apenas inconsciente coletivo. E que, à medida que a psique se desenvolve, o conteúdo de alguns arquétipos é integrado na consciência. Ficando o restante na sombra da mesma, ao qual deu o nome de complexo.
A cada arquétipo não integrado corresponde um complexo.
Complexos esses que são os responsáveis por muitos dos nossos comportamentos, atrações, repulsas, reações e emoções.
Postulando que a integração dos conteúdos sombrios, ou seja, não integrados na consciência do ego, é essencial para o desenvolvimento da personalidade.
Pelo seu simbolismo universal, os arquétipos permitem-nos integrar, sem racionalizar, conteúdos até então desconhecidos. Contribuindo tanto para uma melhor compreensão das nossas emoções quanto para o desenvolvimento de um maior sentido de identidade.
Por outro lado, o inconsciente coletivo também é fonte de criatividade e inspiração.
Que nos permite aceder ao nosso Eu divino, o Self, e a partir do qual toda a criação nasce, do ponto de vista da totalidade psíquica.
Assim, o inconsciente coletivo e seus arquétipos são o meio pelo qual nos conectamos de verdade. Connosco, com os outros e com o mundo ao nosso redor. Independentemente das diferenças e sem que a individualidade precise de ser sacrificada.
Para Jung, o grande objetivo do desenvolvimento da personalidade é chegar à totalidade da identidade.
À união psíquica entre todas as partes que a compõem, ao qual chamou Processo de Individuação.
No qual nos tornamos conscientes da nossa sombra, do nosso Eu divino e do nosso potencial, momento em que voltamos a ser nós mesmos, verdadeiramente. Defendendo que os arquétipos e o inconsciente coletivo desempenham um papel fundamental na individuação, dando a orientação e o apoio de que precisamos para nos tornarmos os indivíduos que estamos destinados a ser.