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Viés de confirmação

05/06/2024

O viés de confirmação é uma tendência cognitiva que nos leva a procurar, interpretar e recordar informações que confirmam as nossas crenças ou hipóteses pré-existentes, ignorando ou desvalorizando dados que as contradizem. Viés de confirmação

Em psicologia, este viés explica-se por teorias como a da dissonância cognitiva, que postula que experienciamos desconforto quando desafiam as nossas crenças. Para reduzir esse desconforto, tendemos a procurar informações que as confirmem e a evitar informações que as contrariem. Além disso, prestamos às informações que sustentam as nossas crenças. Também nos lembramos mais facilmente de informações que as confirmam.

Para estar alerta ao viés de confirmação e evitá-lo, é crucial:

Por um lado, reconhecer a sua existência; Questionar as próprias crenças e procurar provas contrárias; Considerar perspetivas alternativas e procurar contra-argumentos ou consultar diversas fontes; Estar disposto a mudar de opinião com base em provas convincentes; Envolver-se em discussões com pessoas que têm opiniões diferentes, para obter outras perspetivas.

Com estas estratégias, podemos mitigar o viés de confirmação e tomar decisões mais informadas e objetivas.

Por exemplo:

As Necessidades de Pertença: os seres humanos têm um desejo inato de fazer parte de um grupo ou de uma causa. O que os torna suscetíveis à influência social. E Segurança: em tempos de incerteza, as pessoas podem procurar segurança em respostas simples e medidas autoritárias. O Viés cognitivo: os humanos tendem a acreditar em informações que confirmem as suas crenças. As Emoções: as emoções, como o medo e a raiva, podem ser exploradas para manipular pensamentos e comportamentos. E, por fim, a Ambiguidade: o ego não aguenta ambiguidade, sentindo-se coagido a escolher um lado, ignorando ou justificando tudo o que entre em conflito com os seus valores, apenas para não ter de lidar com o que está na sua sombra e pertence à sua identidade.

 

Suscetíveis à manipulação

03/06/2024

A natureza humana torna-nos suscetíveis à manipulação devido a uma combinação de fatores psicológicos, nomeadamente:

Necessidades e carências emocionais: todos nós temos necessidades básicas, físicas e emocionais, como a necessidade de amor, pertença e aceitação. Essas necessidades podem tornar-nos vulneráveis a manipuladores que exploram esses desejos, com soluções ou alívio das mesmas, fazendo de nós dependentes; 

Desejo de aprovação: todos nós queremos ser aceites e valorizados. Os manipuladores usam esse desejo para ganhar a nossa confiança e obter o que querem;

Baixa autoestima: indivíduos com baixa autoestima são mais suscetíveis à manipulação, pois são menos propensos a confiar no seu próprio julgamento, acreditar em manipuladores que os validem ou elogiem; 

Complexo de Inferioridade: sentimentos de inadequação podem levar-nos a procurar validação externa, tornando-nos alvos fáceis para os manipuladores; 

Pouca autoconfiança: pessoas com a autoconfiança abalada podem hesitar em questionar a autoridade ou confiar nos seus próprios instintos, tornando-se mais suscetíveis à manipulação;

Pressão social: a necessidade de conformidade pode levar indivíduos a concordar com pedidos ou crenças manipuladoras para evitar o ostracismo ou o julgamento;

Medo e ansiedade: manipuladores exploram frequentemente medos e ansiedades para controlar as suas vítimas, fazendo-as sentir-se vulneráveis e dependentes;

Tendência cognitiva: atalhos mentais, como o viés de confirmação, podem levar as pessoas a aceitar informações manipuladas que confirmem as suas crenças.

Ausência de  consciência: a incapacidade de reconhecer táticas manipulatórias pode aumentar a vulnerabilidade.

Momentos de vulnerabilidade: quando estamos emocional ou fisicamente exaustos, somos mais suscetíveis à manipulação.

Assim, uma combinação de necessidades emocionais, falhas cognitivas e fatores sociais contribuem para a nossa suscetibilidade à manipulação. Tomar consciência e reconhecer as nossas necessidades, carências e características individuais pode ajudar-nos a reconhecer e resistir à manipulação, protegendo a nossa independência e bem-estar.

Táticas de manipulação emocional

31/05/2024

A manipulação emocional é uma tática comum para a exploração de emoções das pessoas, no sentido de influenciá-las. Envolve o uso de técnicas que exploram as vulnerabilidades emocionais dos indivíduos, a fim de obter controlo sobre eles ou atingir objetivos específicos. Esta tática pode ser utilizada em vários contextos, incluindo relacionamentos pessoais, política e publicidade. Compreender as várias táticas de manipulação emocional é crucial para o desenvolvimento do pensamento crítico e para nos protegermos contra a influência de terceiros sobre nós.

Táticas comuns de manipulação emocional

Gaslighting:

Negar ou distorcer a realidade, fazendo com que uma pessoa duvide da sua própria sanidade ou perceção da realidade. Um governo abusivo pode acusar uma população ou outro Estado, apesar de provas em contrário.

Culpabilização:

Induzir sentimentos de culpa ou vergonha para controlar comportamentos. Um governo pode manipular um indivíduo acusando-o de ser culpado por não obedecer a uma ordem específica, ainda que essa ordem atente contra os seus direitos mais básicos e não faça qualquer sentido ou tenha qualquer consequência para o coletivo.

Medo:

Criar ansiedade ou medo, ou explorar os medos das pessoas, para forçar a conformidade. Um político pode usar táticas para incutir o medo, no sentido de obter apoio em relação a políticas que limitem as liberdades individuais.

Bajulação:

Usar elogios excessivos ou lisonjas para ganhar confiança e influenciar decisões. Um vendedor pode bajular um cliente para conseguir levá-lo a fazer uma compra.

Triangulação:

Envolver uma terceira pessoa numa relação para criar conflito e exercer controlo. Espalhar rumores sobre alguém para que o objeto de manipulação se vire contra terceiros: dividir para reinar.

Vitimização:

Retratar-se como vítima para ganhar simpatia e apoio. Alguém pode alegar abuso para evitar responsabilidades, obter poder ou justificar comportamentos desviantes: ditadura dos falsos fracos.

Amor bombástico:

Excesso de afeto e atenção para criar no outro uma sensação de estar em dívida. Um parceiro romântico pode bombardear o outro com presentes e declarações de amor para controlar o seu comportamento.

Silêncio:

Recusar-se a comunicar ou responder como forma de castigo ou controlo. Ignorar alguém depois de uma discussão.

Proteger-se contra a manipulação emocional

Reconhecer táticas: familiarizar-se com as táticas mais comuns de manipulação emocional;
Estabelecer limites: definir limites claros e comunicá-los;
Questionar motivos: analisar de forma crítica as intenções por detrás das emoções;
Procurar ajuda: falar com amigos, familiares ou um profissional de saúde mental de confiança, caso haja suspeita de manipulação.

Estimular o Pensamento Crítico

Estar atento aos próprios sentimentos e emoções;

Questionar motivações das pessoas que tentam influenciar as suas emoções;

Procurar informações objetivas e factuais;

Confiar na intuição e limitar o contacto com manipuladores.

Assim, a manipulação emocional pode ter consequências prejudiciais. Compreender as suas táticas e desenvolver estratégias para enfrentá-la é essencial para o pensamento crítico e o bem-estar emocional. Pois, ao estarmos cientes dessas táticas, podemos proteger-nos da influência indevida e tomar decisões informadas.

Marxismo Cultural

30/05/2024

O objetivo do Marxismo Cultural, e de um grupo de intelectuais marxistas, é destruir a cultura ocidental. Esta teoria tem as suas origens na Escola de Frankfurt, um instituto de pesquisa social fundado na Alemanha, nos anos 1920.

Os teóricos da Escola de Frankfurt, como Theodor Adorno e Max Horkheimer, desenvolveram a teoria que analisa e critica as estruturas sociais e culturais.

Defendiam que o capitalismo criava uma sociedade alienada e opressora, procurando subverter a cultura ocidental, ao promover ideias como o multiculturalismo, o feminismo e os direitos LGBTQ+.

Os métodos incluem a infiltração em instituições como universidades, meios de comunicação e entretenimento, para gradualmente corroer os valores tradicionais.

Por meio da promoção de ideias politicamente corretas e da supressão de opiniões dissidentes.

As motivações incluem o desejo de destruir a civilização ocidental e substituí-la por uma união globalista comunista/socialista. E uma possível explicação para que aconteça apenas no Ocidente é a de que as sociedades ocidentais têm uma longa história de liberdade de expressão, individualismo e pensamento crítico. E maior resistência à dominação.

Clima de medo

29/05/2024

“O primeiro passo para a implantação da reforma do pensamento é criar um clima de medo, no qual esta arma psicológica é mais eficaz. Portanto, é indiferente se este clima de medo é criado artificialmente e o resultado é o que H.L. Mencken chamou: “uma série infindável de bichos-papão imaginários”, gerado por uma pequena ameaça, ampliada de forma descontrolada. Ou se é o resultado de uma ameaça real para a sociedade. O que importa é condicionar os cidadãos, levando-os a um estado de medo crónico.” Via Academy of Ideas

Aqui ficam alguns exemplos:

Primeiro, ataques terroristas usados para justificar medidas de segurança draconianas. Segundo, pandemias exageradas para impor restrições governamentais. Agora: exagero de ameaças ambientais para promover políticas restritivas. No futuro/presente propaganda governamental durante tempos de guerra ou crise nacional. Já que não é à toa que voltou a discussão sobre o serviço militar obrigatório em todos os países da UE ao mesmo tempo.

Logo, assunto plantado nas notícias a mando dos Governos, que obedecem ao WEF.

Além de sensacionalismo dos media para amplificar ameaças ou perigos. Bem como discurso político que demoniza certos grupos ou indivíduos.

Como se cria um clima de medo:

Por um lado, dar prioridade excessiva a más notícias. Exagerar ou fabricar ameaças. E usar linguagem emotiva e apelos ao medo. Além de censurar ou suprimir informações que contradizem a narrativa do medo.

Para reconhecer e resistir:

Questionar de forma crítica as informações veiculadas; Diversificar as fontes de notícias, procurando fontes imparciais; Estar atento ao uso de apelos emocionais para reconhecer a manipulação emocional; Promover o pensamento racional e o debate aberto. E, acima de tudo, defender a liberdade de expressão, o acesso à informação e denunciar tentativas de censura.

Ao contrário do que nos pede o primeiro-ministro (Costa), a CNE (com o pedido de denúncia de “Desinformação” (artigo sobre isto em breve), a presidente não eleita da Comissão Europeia, von der Lyen, cuja principal prioridade é, não a imigração completamente descontrolada. Níveis de gente a viver na rua mais altos do que nos anos 80, antes da CEE, não é a inflação, é o combate à “Desinformação”. Com o suprassumo da ONU e orgulho português, Guterres, a dizer que o planeta está em “ebulição”.

Método utilizado aliás pelos grandes ditadores do mundo:

Mao Zedong e Estaline.

E agora é voltar a ler. Os sinais estão todos no disurso daqueles a quem confiamos o presente e o futuro.

Como desenvolver o pensamento crítico?

27/05/2024

Desenvolver o pensamento crítico no mundo de hoje não constitui tarefa fácil. Todas as fontes de informação que tínhamos como garantidas, no que se refere à isenção e ao rigor, provaram ser nefastas, corruptas, parte de uma agenda ou financiadas por organizações, que representam um claro conflito de interesses entre ambos os lados da barricada: imprensa e governo (ou outras organizações, como a UE, ONU, OMS, ou o FEM). Deixando-nos sem saber em quem ou no que confiar.

Assim, o trabalho tem de ser individual e persistente.

Questione as suposições:

Examine as suposições subjacentes a quaisquer afirmações ou argumentos para identificar quaisquer falhas ou potenciais vieses; questione as suposições, as fontes de informação e as alegações. Não aceite nada como garantido e procure provas que sustentem as afirmações.

Avalie as provas:


Reúna e examine de forma crítica as provas no sentido de fundamentar alegações e conclusões.

Verifique as fontes:

Reúna informações fiáveis e precisas, provenientes de fontes fidedignas, com particular atenção para a reputação, as qualificações e os possíveis preconceitos das fontes de informação, para garantir que são credíveis e baseadas em factos.

Analise argumentos:

Reconheça e avalie argumentos que contenham falácias lógicas, como generalizações precipitadas ou ataques pessoais.

Desafie as suas próprias crenças:


examine as suas próprias crenças e preconceitos para garantir que não estão a influenciar indevidamente o seu pensamento.

Considere perspetivas alternativas:

Explorar perspetivas diferentes e considerar argumentos opostos cuidadosamente pode ajudar a ampliar a compreensão, a desafiar visões preconcebidas e a obter uma compreensão abrangente de um assunto.

Evite o pensamento emocional:

mantenha a objetividade e evite deixar que as emoções influenciem o seu raciocínio. Concentre-se em factos e provas para chegar a conclusões lógicas.

Pratique regularmente:

desenvolver o pensamento crítico requer prática. Envolva-se em debates, resolva problemas e analise criticamente a informação que encontra diariamente.

Escola de Frankfurt

24/05/2024

A Escola de Frankfurt, um influente grupo de teóricos críticos, defendeu uma forma de marxismo que integrou perspetivas da psicanálise, filosofia e sociologia. Estas perspetivas influenciaram, de forma significativa, o pensamento social contemporâneo, particularmente no Ocidente.

A psicanálise proporcionou à Escola de Frankfurt uma compreensão em relação à formação da identidade individual e aos processos psicológicos individuais que influenciam o comportamento social, como por exemplo, os impulsos inconscientes, que ajudaram a explicar a natureza irracional dos conflitos e a suscetibilidade das massas à manipulação.

A filosofia contribuiu com perspetivas críticas sobre a razão e o Iluminismo. Os estudiosos de Frankfurt argumentaram que a ênfase excessiva na razão instrumental levou à dominação e à opressão.

A sociologia proporcionou uma análise das estruturas e instituições sociais que moldam as experiências individuais. A Escola de Frankfurt destacou a natureza do capitalismo e a sua capacidade de alienar os indivíduos.

Estes insights manifestam-se no mundo contemporâneo em de movimentos sociais e académicos que criticam as desigualdades sociais, o consumismo e a cultura de massas. Por exemplo, as teorias feministas e os estudos culturais baseiam-se nas ideias da Escola de Frankfurt.

O súbdito ideal

22/05/2024

“O súbdito ideal de um governo totalitário é… alguém para quem a distinção entre facto e ficção… e a distinção entre verdadeiro e falso já não existe… O objetivo da educação totalitária nunca foi incutir convicções, mas destruir a capacidade de formá-las.” Hannah Arendt

Num regime totalitário, o controlo absoluto sobre a mente dos cidadãos é crucial.

A educação serve como ferramenta para suprimir o pensamento crítico, obliterando as distinções entre realidade e o que é fabricado. Já que o objetivo não é instilar crenças, mas erradicar a capacidade de pensamento independente. Esta supressão alcança-se pela disseminação sistemática de propaganda e desinformação.

A verdade é distorcida e as narrativas falsas são apresentadas como factuais.

A repetição incessante reforça as falsidades, criando uma realidade alternativa na qual os cidadãos ficam desorientados e incapazes de discernir o que é e não é verdade.

Além disso, os regimes totalitários empregam táticas de medo e intimidação para silenciar a dissidência e suprimir a procura pelo conhecimento. A liberdade de expressão é estrangulada e questionar a autoridade leva a uma punição severa.

O que cria uma atmosfera de conformidade e obediência cega.

Assim, para combater a educação totalitária, é essencial promover o pensamento crítico e a capacidade de análise. Os indivíduos devem ser capazes de questionar informações, examinar provas e desenvolver opiniões informadas. A liberdade de expressão e a diversidade de perspetivas devem ser protegidas, permitindo um discurso aberto para que narrativas manipuladas possam ser questionadas.

Além disso, a educação deve enfatizar a importância da história e do contexto, proporcionando aos indivíduos uma compreensão das táticas usadas por regimes opressores. A promoção da alfabetização mediática e o desenvolvimento da capacidade analítica também são cruciais para combater a desinformação e a propaganda.

A educação totalitária visa destruir a capacidade de pensamento independente, com o objetivo de criar súbditos ideiais.

Assim, é imperativo cultivar o pensamento crítico, proteger a liberdade de expressão e tornar os indivíduos capazes de distinguir a verdade da falsidade. Só com a promoção destas medidas podemos combater a influência nefasta da educação totalitária, no sentido da preservação de sociedades livres e conscientes.

Extermínio do pensamento e Teorias da Conspiração

20/05/2024

O clichê de extermínio do pensamento é uma técnica de propaganda que visa suprimir a dissidência e o pensamento crítico, rotulando ideias contrárias como “teorias da conspiração”. Este mecanismo alimenta-se do medo e da desconfiança para manipular a perceção da realidade por parte do público.

Um exemplo de clichê de extermínio de pensamento muito em voga hoje em dia é rotular qualquer ideia ou informação que contradiga a ideologia dominante, ou que ameace o poder da organização totalista, como “teoria da conspiração”, apelidando os teóricos da conspiração como indivíduos paranoicos e delirantes.

Assim, quando as vítimas da reforma do pensamento ouvem uma ideia ou teoria ser rotulada como teoria da conspiração, o reflexo é a rejeição, exterminando qualquer tipo de pensamento sobre a matéria, permanecendo na visão de mundo estreita e opressora proposta pela ideologia totalista. Via Academy of Ideas

Táticas usadas para extermínio do pensamento:

  • Rotulagem: identificam ideias divergentes como perigosas ou absurdas;
  • Desacreditação: difamam indivíduos ou grupos que desafiam a narrativa dominante;
  • Exclusão: marginalizam vozes dissidentes, criando uma cultura de medo e silenciamento.
Reforma do Pensamento:

A reforma do pensamento é um processo de doutrinação que visa controlar os pensamentos e crenças dos indivíduos. O clichê de extermínio do pensamento é uma ferramenta eficaz de reforma do pensamento, pois suprime o pensamento independente, impondo assim uma perspetiva mais estreita.

Combater o Clichê de Extermínio do Pensamento:
  • Pensamento crítico: analisar informações de várias fontes e perspetivas;
  • Verificação de factos: verificar as alegações antes de aceitá-las como verdadeiras, evitando “fact checkers”. Pois as empresas que os detêm são as mesmas que detêm os meios de comunicação, que, portanto, não são isentas;
  • Diálogo aberto:  debater com indivíduos com opiniões diferentes;
  • Educação: promover a alfabetização mediática e a compreensão das técnicas de propaganda.

A reforma do pensamento e a ideologia Woke

17/05/2024

A reforma do pensamento e a imposição da ideologia woke no Ocidente partilham paralelos inquietantes. Ambas começaram por ser vistas como bem-intencionadas, ao procurarem promover a igualdade e a justiça social. No entanto, evoluíram para ideologias dogmáticas, impulsionadas por uma agenda política, cujo resultado foi o controlo do pensamento.

A reforma do pensamento começou como um movimento coletivista.

Que visava suprimir o pensamento individual em favor do conformismo. Já a ideologia woke promove uma visão redutora de mundo, dividindo-o em opressores e oprimidos, ignorando dados e factos, condicionando, assim, o debate e o discurso.

A reforma do pensamento, da China comunista, visava doutrinar as massas pela coerção e a lavagem cerebral.

Da mesma forma, a imposição da ideologia woke no Ocidente, em infantários, escolas, instituições académicas, meios de comunicação e grupos de pressão, apenas serve para promover uma agenda sem qualquer fundamento científico.

Infiltraram-se na sociedade pela doutrinação, a manipulação da linguagem, a supressão da dissidência, o fomento da autocensura, por parte das instituições encarregues de controlar o pensamento. A reforma do pensamento utilizou campos de reeducação e propaganda, ao passo que a ideologia woke é difundida no ensino, nos meios de comunicação social de massas e nas redes sociais.

A imposição da ideologia woke ameaça a liberdade de expressão, o debate racional e o progresso científico.

Ao criar uma atmosfera de medo e conformismo, suprime as vozes dissidentes e inibe a inovação intelectual. Além disso, a sua ênfase na divisão e na identidade coletiva fragmenta a sociedade e exacerba tensões sociais.

As consequências factuais da reforma do pensamento foram desastrosas.

Levaram à supressão da liberdade de expressão, à perseguição de dissidentes e ao empobrecimento intelectual. Por sua vez, as consequências da imposição da ideologia woke incluem a erosão da liberdade de expressão, o silenciamento de vozes discordantes, a divisão social. Tendo-se revelado absolutamente desastrosa para a população infanto-juvenil, alvo de lavagem cerebral, que a conduz à toma de hormonas, à administração de bloqueadores de puberdade e a cirurgias, das quais nunca mais recuperarão. Outras consequências já testemunhadas são o isolamento, surtos psicóticos, depressão, suicídio, cisões familiares, divisão social, etc.

Desta forma, os movimentos de reforma do pensamento e a ideologia woke constituem sérias ameaças para a  sociedade ocidental.

Minam os princípios da razão, do debate aberto e do pluralismo de ideias, pela imposição de doutrinas dogmáticas. Com consequências nefastas para a liberdade individual, a saúde em geral e o futuro do Ocidente.

Gogglebox

14/05/2024

É daquelas pessoas que fala com a televisão? Comenta ou responde ao que está a ver? Ou dos que fica irritado quando alguém faz perguntas ou comentários? Lembra-se de um anúncio em que se filmava uma audiência numa sala de cinema e as reações das pessoas ao que estava a passar-se no ecrã? Estas são as premissas de Gogglebox. Uma série fabulosa do Channel 4, no ar desde 2013, que já vai em 23 temporadas, premiada com um BAFTA, entre outras nomeações.

Ver pessoas a ver televisão.

Dito assim parece a coisa mais entediante de sempre. O público britânico parece ter achado o mesmo, antes da estreia. Mas acabou por render-se a uma ideia genial, que proporciona momentos tão hilariantes quanto comoventes.

Casais, amigos ou irmãos, em dupla ou tripla, famílias, de todos os extratos sociais e idades, e de todas as partes do Reino Unido. Alguns dos sotaques são tão cerrados, mesmo em Inglaterra, que mal consigo perceber o que dizem.

Mas isso é o menos relevante.

Uma câmara fixa, de frente para quem está a ver. Outra a apontar para a TV que, ocasionalmente, filma o que está a ser transmitido. Só. Em qualquer canal, inclusive plataformas de streaming. E o máximo que faz é planos aproximados da cara de alguém em específico. A primeira câmara vai filmando as reações a notícias, documentários, concursos, de todo o tipo, filmes e séries, em tempo real. Programas de TV generalista, que jamais veria, outros que conheço bem, tipo Downton Abbey, The Undoing ou The Crown, por exemplo.

Sem fórmula, guião ou qualquer tipo de indicação. A única condição que parece haver é: sem a presença de telemóveis, como me parece óbvio.

O que implica que deve dar uma trabalheira a editar.

Nunca são os mesmos, porque as pessoas não veem todas a mesma coisa. Mas várias casas veem o mesmo programa, em direto.

Tornou-se tão popular que pessoas conhecidas do mundo da música e da representação aceitaram participar, como Jamie Dornan e Boy George, por exemplo.

Alguns dos “personagens” podem ver-se em diversas temporadas, outros vão desaparecendo.

Acompanhamos momentos especiais das suas vidas como nascimentos e aniversários, sem a eles assistirmos. Pequenas provocações, e discussões, desabafos de todos os dias. Sem pretensões, pequenos momentos de intimidade familiar, dentro dos limites do aceitável. Sempre com muita graça e muito sentido de humor.

Não podia ser mais espontâneo e genuíno.

Vemo-los a torcer pelos participantes em concursos, a chorar quando se comovem, assustados em filmes de terror, um dos meus momentos preferidos, a gozar, a dizer piadas a reclamar e a resmungar. A imitar, a dançar e a cantar, com base no que estão a ver, o mais hilariante. E a reagir e responder a todo o tipo de perguntas, notícias e comentários.

Acolher a vulnerabilidade em vez de nos envergonharmos dela.

Cada coisa que se passa na TV e gera uma reação, a realização mostra as reações das várias casas. Numa edição primorosa.

E para quem gosta de observar o comportamento humano, as dinâmicas, as diferenças entre homens e mulheres, introvertidos e extrovertidos, pensamento e sentimento, ao que cada um presta atenção ou lhe toca mais,é um deleite.

Por outro lado, a agenda está em todo o lado, engraçado de ver o quão rápido a introduziram, quando comparamos as primeiras temporadas com as últimas. E o nível de decadência das televisões públicas e privadas, a pretexto do entretenimento, a chegar a níveis estratosféricos. Nunca o predictive programming foi tão evidente. Só com Gogglebox se aguenta. As reações à vergonha alheia ou ao que os companheiros de casa dizem ou fazem são o melhor.

Gogglebox tem me feito rir mais do que qualquer stand up.

A Revolução Cultural e a Cultura de Cancelamento

13/05/2024

A Revolução Cultural na China foi um período de convulsão social e política que teve como objetivo a purificação da sociedade pela eliminação dos elementos “contra-revolucionários”. Este movimento levou à perseguição de intelectuais, professores e qualquer pessoa que “ameaçasse” a ideologia maoísta.

Nos últimos anos, temos testemunhado um fenómeno semelhante.

Professores e académicos têm sido expulsos dos seus cargos por expressarem opiniões que não alinham com a ortodoxia ideológica dominante.

A este fenómeno chamamos “cultura do cancelamento”.

Os paralelos entre a Revolução Cultural e a Cultura de Cancelamento são:

  • Intolerância a opiniões dissidentes;
  • Perseguição daqueles que ousam desafiar a ortodoxia;
  • Criação de um ambiente de medo e autocensura.

Tanto a Revolução Cultural quanto a cultura do cancelamento têm impacto na liberdade académica e no discurso. Quando professores e académicos temem expressar as suas opiniões abertamente, ou contrariar a narrativa dominante, está a pôr-se em causa o próprio fundamento da educação e da academia.

Um exemplo disso é a ideologia de género.

Que se propaga entre crianças e jovens, nas escolas, por professores e instituições públicas, cujos conteúdos programáticos são obrigatórios, ainda que contradigam os conhecimentos mais elementares de biologia, anatomia, genética, entre outros.

Sem que os pais dos alunos nada possam fazer.

Deixando que o Estado se aproprie de crianças e jovens, doutrinando-os, tal como Mao fez na China.

As universidaes estão cheias de cursos que de académicos e centíficos têm muito pouco. Onde se propaga a ideologia feminista e se ostraciza o masculino. Não é à toa que são muito mais frequentadas por mulheres do que por homens.

Criando fossos cada vez maiores entre ambos os sexos, o que em nada contribui para uma sociedade justa e equilibrada.

Constituindo, pelo contrário, o princípio do fim da mesma…

Assim, é essencial resistir a esta forma moderna de purga ideológica e proteger o princípio da liberdade académica. Devemos criar um ambiente onde se possa debater e discutir ideias livremente, sem medo de retaliação.

Pois o fracasso em fazê-lo terá consequências nefastas para a sociedade. Já que a supressão do discurso livre leva à estagnação intelectual e à erosão da confiança pública nas instituições, cenário ideal para regimes totalitários.

Propaganda Relâmpago

09/05/2024

“Nos tempos modernos, a forma mais eficaz de inculcar medo deliberadamente é pela via da “propaganda relâmpago”. Na propaganda relâmpago, todos os tentáculos dos meios de comunicação convencionais presenteiam o público com evidências reais ou fabricadas de um ato horrífico e relevante, nacional ou internacionalmente, ou de uma crise que prejudicará seriamente a sociedade. Se o retrato do evento ou da crise, por parte dos meios de comunicação social, for suficientemente dramático e persuasivo pode espoletar uma histeria coletiva que se perpetua automaticamente. As reportagens iniciais incentivam as pessoas a criar o hábito de ir para as redes sociais para publicar as suas reações instintivas e baseadas no medo, alimentando ainda mais o frenesim, intensificando assim o clima de medo. (…) “A propaganda relâmpago é constituída por ataques rápidos intencionais para infligir o máximo de medo no menor tempo possível.

A propaganda relâmpago é:

1. Baseada em alegações de dados novos e dramáticos;

2. Comunicada de forma emocionalmente intensa e moralmente indignada;

3. Aparentemente sustentada pelo consenso entre empresas de comunicação/académicos/peritos;

4. Reforçada pela condenação de quem quer que seja que sequer se atreva a questionar o aparente consenso…

Os propagandistas têm perfeita consciência de que a atenção dos meios de comunicação rapidamente passará para alegações de novas e dramáticas evidências, daí que a duração das alegações não constitua uma preocupação fundamental.” Via: Academy of Ideas

A disseminação de imagens perturbadoras de conflitos armados em todo o mundo, gráficas, transmitidas e difundidas repetidamente pelos meios de comunicação tradicionais e pelas redes sociais, provocam emoções fortes, criando um clima de ansiedade e incerteza.

A “propaganda relâmpago”, ferramente de manipulação emocional, concentra-se no impacto imediato, servindo-se de alegações dramáticas. A condenação daqueles que questionam a narrativa oficial reforça ainda mais o medo, entretanto generalizado, inibindo assim o pensamento crítico.

Assim, a “propaganda relâmpago” explora a resposta humana natural ao medo.

A inundação de informações dramáticas sobrecarrega a capacidade cognitiva. O que leva a reações impulsivas e irracionais. Por outro lado, o consenso aparente cria uma pressão social no sentido da conformidade, levando ao silêncio de vozes dissidentes.

A reforma do pensamento e as técnicas de purificação da mente

07/05/2024

“A expressão “reforma do pensamento” é uma tradução direta de uma palavra usada pela China Maoista para se referir a uma série de técnicas de purificação das mentes dos opositores políticos para os tornar mais recetivos à reeducação. Durante o governo de Mao Zedong, estas técnicas transformaram cidadãos comuns em peões do regime comunista.” Via Academy of Ideas

As técnicas de “purificação da mente” são estratégias de manipulação das quais que regimes totalitários se servem para controlar o pensamento e o comportamento dos indivíduos.

Já que estas técnicas visam erradicar a dissidência e criar uma sociedade obediente.

O processo começa frequentemente com a supressão da liberdade de expressão e a censura de informações divergentes. Assim, os regimes criam uma narrativa oficial e promovem uma ideologia específica, ao mesmo tempo que silenciam vozes divergentes. Simultaneamente, implementam-se programas de doutrinação, onde os cidadãos são expostos a propaganda incessante e educação ideológica.

À medida que o processo evolui, são utilizadas técnicas mais coercivas.

Já que a vigilância e a intimidação tornam-se predominantes, criando um clima de medo. Desta forma, os governos encorajam os indivíduos a denunciar os dissidentes, fomentando a desconfiança na sociedade.

Os regimes totalitários também utilizam técnicas de lavagem cerebral, incluindo isolamento, privação e doutrinação. Estas técnicas visam quebrar qualquer tipo de resistência por parte dos indivíduos, tornando-os suscetíveis à reeducação. O objetivo destas técnicas é criar uma sociedade submissa e leal ao regime. Portanto, uma sociedade que não questione a autoridade, permitindo ao regime manter o poder indefinidamente.

Na China Maoista, usaram-se “campos de reeducação” para isolar e doutrinar dissidentes.

Ao controlar os pensamentos e comportamentos dos cidadãos, os regimes totalitários procuram eliminar a oposição e consolidar o seu poder. O objetivo final é criar uma sociedade obediente onde os indivíduos interiorizam a ideologia do regime, autocensurando-se.

O medo e a intimidação suprimem o pensamento crítico, levando à conformidade.

Estas técnicas surgem normalmente em contextos onde há uma crise de saúde, social ou económica. Cientes ou, muitas vezes, perpetradores, direta ou indiretamente dessa instabiliade social, os regimes exploram o medo e a incerteza, suprimem a dissidência,  mantendo o controlo absoluto sobre a população.

Além de violarem direitos humanos básicos e deixarem cicatrizes duradouras nas vítimas e na sociedade. Assim, é crucial resistir a esses métodos e proteger a liberdade de pensamento e expressão.

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