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Livros

Todos os meus livros

29/05/2023

Todos os meus livros, em formato digital, encontram-se a preço de saldo e em várias línguas, na Amazon.

[International Digital Editions – EN, FR, ES, IT – of my first two books at great prices.]

As versões em papel (PT ONLY) também baixaram de preço.

E o Amor Egoísta de cara nova.

Enjoy

Pang

19/01/2023

You can’t search for magic, magic happens, in a split, a moment. Catches you off guard, flooding your eyes with stars. And even if you can spot a magic place and want to return there for some more, it won’t happen, it will lack the spontaneity, the surprise, the unexpected. The Unknown. The numinous. Magic is the moment the external world connects with your soul. You’ll recognise it when you experience it, for sure.

When an external event causes an harder and louder heartbeat, just one, I call it PANG.  

It can even hurt a bit, that heartbeat, lingering, at times. Pang is magic in reverse. Instinct, intuition, not sure what to call it, red flag? When you feel but can’t voice, because of other emotional needs getting in the way of the truth. Because you don’t feel safe enough to voice it out. And because you haven’t yet rationalise it to be able to put it into words, understandable by another functioning human brain. Pang is not logical, it just is.

It refers to what we should have paid attention but didn’t, despite the Pang.

Pang is a sting in the soul. The warning sign of an inconsistency between seduction and real intentions. That one sting that shall never be ignored, and shall serve as the barometer for staying or letting go. But we are already seduced, we must take it until the end.

The girl with the big brown eyes

06/12/2022

There was this girl, with big brown eyes that told no lies. They were the mirrors to her soul, as all eyes are. Eyes of innocence and wisdom that saw what anyone else could not. Penetrating, inquisitive, “you’re not fooling me” eyes. They spoke the language of symbols, saw beyond words, actions, behaviour, fear and longing. They gazed through you, seeing you for who you really are, were, and always will be. Those were silent eyes, not wishing to embarrass you, expose your foolishness, fears and pride. Your ever so fragile manhood.

They were wondering eyes, saw it all, and still wondered: “Why”?

They wanted to dive deep into your soul and live there, forever. To be innocent and wise. They wanted to believe but not be fooled, truth seekers, they were. To break through the ego wall, see your shadow, get pass it, and find your soul, you, as a whole. The bits that you no longer remember about yourself, all your wishes, dreams, beliefs you think to be gone forever, but are still there. Hidden in a dark corner of your mind, where you hid them when you were but a little boy. They are just waiting for your permission to be free, expressed, embraced, cherished, and loved. Just like you… They want to see those bits, connect with them, embrace them with all their heart, free them, put a smile on your face and joy in your eyes.

They saw beyond what you wanted her to see:

your weaknesses; your vulnerability; those eyes crossed the threshold of your persona; the innocence of all the dreamers and idealists and the wisdom of knowing better; to inspire an ego wish and to touch people, a soul longing, the spot that remains stuck in solitude and loneliness. To bring it from the darkness into the light.

The girl with the big brown eyes that told no lies saw all that and she decided to stay. That’s what you feared the most, and that’s why you left.

9/4/22

Biografia atualizada :)

05/11/2022

Isabel Duarte Soares (Lisboa, 1971) é uma escritora portuguesa, apaixonada por mitologia grega, arquétipos e a jornada do herói.

As histórias unem as pessoas.

Fascinada, desde que se conhece, pelos mistérios psíquicos, porque somos como somos e quem somos, no fundo e à superfície, dedica uma grande parte da sua vida à psique e ao seu estudo e análise.

Sem nunca esquecer a literatura, o seu primeiro grande amor.

Começou pela ficção, Hermann Hesse o seu autor de eleição, no que à combinação entre histórias e psique diz respeito. Mais tarde, descobriu que, dentro da literatura, havia um género que a apaixonava ainda mais, o Jornalismo Literário, que conta histórias reais e humaniza os seus protagonistas. No qual se pós-graduou. Antes de ter-lhe conhecido o nome, já o fazia instintivamente.

Fundadora da Psyche Books – Encontros com a Pisque, ministra cursos e dá palestras na área da mitologia, arquétipos e Jornada do Herói. Terapeuta arquetípica: arquétipos e a psicologia junguiana, como caminho para o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal, também pela via das histórias.

E escreve o mais que pode, porque lhe alimenta a alma.

Livros, publicados e traduzidos (em português (5), inglês, francês, espanhol e italiano)

O Pão em Portugal (2007) Não publicado

Fora da Caixa – Além do Horizonte (São Paulo, 2011)

Message in a Bottle – Ensaios sobre autoconhecimento (São Paulo, 2013)

Eu e o Sr. Freud – Cartas para Dr. Freud – (Lisboa, 2015)

Amor Egoísta – Uma viagem, uma banda sonora, um amor indestrutível (Lisboa, 2021)

Até Sempre – Luto e Renascimento (Lisboa, 2022)

Telegram

04/09/2022

Porque apaguei todas as minhas redes sociais e fica mais difícil acompanhar, para quem quiser, o meu canal no telegram. 

Não sei bem como funciona, mas qualquer coisa, escrevam para o mail nos contactos, e eu trato disso.

 

The Book

09/06/2022

The book that had more lives than cats’, both here and in the UK (9).

I guess I finally nailed it.

At least now it has characters and their arcs and a structure.

I just need to fill in the gaps.

Sounds like fun.

Férias do mundo

03/06/2022

Por mais que goste de aproveitar as férias para viajar, ver coisas diferentes, outras pessoas, e, de preferência, estar em contacto com a natureza, a rotina mata-me aos poucos, preciso da novidade para viver, não sinto essa necessidade que os extrovertidos manifestam de estar em permanente movimento.  Muito menos me identifico com o: “ter de fazer alguma coisa”. Para poder ter o que contar aos outros ou publicar em redes sociais, imagino…

Às vezes, só preciso de férias do mundo.

De dias em que continuo a acordar cedo e, sem a pressão do mundo externo, do tempo cronológico, me dedico ao meu mundo. Devagar, sem deixar que os afazeres mundanos me perturbem a paz, que encontro no que leio.

Alterno entre o que poderiam chamar-se livros técnicos, mas não demasiado, têm de contar histórias, não há vida sem magia, já se sabe, e outros, intimistas, verdadeiros, com heróis cheios de mazelas emocionais e dores existenciais, por vezes excruciantes.

Inspiram-me sempre mais do que o mundo.

Os ecos de mim que não encontro lá fora, descubro, como sempre, nos livros.

Dizia a um amigo um dia destes, que tinha acabado de comprar a Biografia do Pessoa e começado a ler Os Diários de Sylvia Plath.

Se sobreviver…

O mundo pode “evoluir” o quanto quiser, a tecnologia controlar as nossas vidas a seu bel-prazer, mas é nos livros que encontramos precisamente esses ecos de nós. Gente que viveu e morreu, no caso de Sylvia Plath, da maneira mais trágica, o suicídio, noutro tempo, noutra era, e que padece exatamente das mesmas dores existências.

Que sente e fala como nós.

Se questiona, sem medos. Não nos resolve o problema, mas, ao menos, não nos isola. Ao contrário do que esperei, sinto conforto. A identificação é talvez o mais eficaz antídoto contra o isolamento, a solidão existencial, a falsa sensação de conexão que se obtém com o mundo externo.

Férias do mundo:

O mínimo estímulo externo possível, wifi desligado, nada de interrupções abruptas, como sons, notificações ou coisas a piscar.

O paraíso dos introvertidos.

Testemunho – Até Sempre

24/05/2022

No meu entender, o Até Sempre é um cântico litúrgico e com todas as etapas e emoções de um grande lamento de amor filial, expresso ao longo do livro de um modo notável.

Sente-se que as capacidades de analise profissional da autora são aqui elaboradas com uma mistura de um alto sentimento de afeição com o brilho e a frieza da razão.

Não esquecendo nunca de manter o enquadramento brilhante da vida paternal com a sua família, a sua terra, os seus amigos e os seus almoços académicos, também, com os lazeres e prazeres de uma vida total e enriquecedora onde atingiu os máximos de excelência profissional e riqueza humana.

No entanto, por algum tempo, o relato torna-se mais sombrio e de uma certa tristeza provocado, sem duvida, pela resistência e recusa á aceitação de uma realidade conhecida e final.

Mas agora sente-se a reviravolta e a “sinfonia total” não somente a flauta, tem de se ouvir.

Seguimos o texto da pagina final e aparece-nos a ressurreição, a reconquista, o absoluto e a conquista da vida.

Precisávamos agora da 2o sinfonia de Mahler para honrar tão belo testemunho.

Parabéns, Isabel, e um abraço grande ao pai.

Com amizade,

António Serras Pereira

Summer of 97

13/05/2022

Discovered her memories the day she died.

A character, my aunt Iris.

When someone leaves this world, and as everybody would, I was looking for pictures of the deceased. Amongst the notebooks she did not have time to burn, and other relevant pieces of memory, I came across one of those life-events’ albums – full of pictures and documents – she had put together as some spiritual writing exercise.

The holy grail for a writer.

When a particular photograph caught my attention, he looked gorgeous, mysterious, and lost. Her mid-twenties boyfriend, as I found out later on.

Not sure if I’ve got inebriated by her books, spread all over the dark brown shelves on her writing sanctuary, or something else triggered my soul, all I knew was that I needed to know more about that bloke, and that story…

With some cross-referencing between her personal website and the files on her computer, I found an unpublished manuscript. With dedications, table of contents, and acknowledgments. One of those books (becoming many within one) you must write, but never managed to find the right tone to make you satisfied enough to be able to finish it.

Besides, all authors use real people as inspiration for their characters, and I am afraid she was also worried about making sure her characters were only characters and not real people, and how to hide the true identities of the ones she was so inspired by to the point of writing a novel.

Her first, if I am not mistaken.

My aunt Iris’ computer was a gold mine of records: messages, emails, and letters. Facts, in the form of dates, locations, and times, and emotional pieces of memory, written in notes and, at times, even full chapters. Also found some old writing she did after they parted, in a box packed with old postcards and pictures. None of him. And very few on the album she had dedicated to that trip.

It got me even more curious… I deeply felt I needed to finish what she had started.

Apparently, it all began during the Summer of 97…

Primeiro e último

24/04/2022

Acabei de me aperceber que fui paga para escrever o meu primeiro livro de todos. Não publicado.

Infelizmente, tal não voltou a acontecer.

O último vai bem e recomenda-se, edição do primeiro rascunho feita. Achei que ia demorar bem mais. Tive algumas surpresas, nem todas boas.

Cortes sem dó. Está a correr bem.

Ainda tenho imenso trabalho pela frente, entre escrever e editar, mas vai valer o gozo.

Quando já não o puder ver, estará na hora de o passar para um editor.

Pagaram-me pelo primeiro, veremos quanto me darão pelo último.

Message in a Bottle

16/04/2022

Não sei se alguma vez escreverei um livro como o Message in a Bottle… Que se encontra reeditado em papel, na Amazon. Foi traduzido para inglês, espanhol, francês e italiano. E não foi por mim…

O que me deu um gozo tremendo.

“Estive a folhear, de novo, o “bottle” e achei curioso que pus uma anotação a lápis em quase todos os capítulos, uma espécie de título. Espero que continues a escrever, não descanses. Sei, de experiência, que é um procedimento trabalhoso, fazer e desfazer, alterar, acrescentar, remendar, há quem dramatize e o considere um ofício doloroso, mas, quando o resultado agrada, pela simplicidade e elegância, também proporciona momentos de grande satisfação, como deves ter sentido muitas vezes”. António Quirino Soares

Fora da Caixa e Até Sempre – Testemunho

07/04/2022

Quando nos lêem assim, sabemos que vale a pena continuar a escrever e a publicar livros. Aqui fica o testemunho da Luisa Barreto, sobre o Fora da Caixa e o Até Sempre. Que me comoveu até aos ossos, pela sensibilidade e a profundidade.

Muito obrigada, minha querida.

“Desde os primeiros livros escritos pela Isa ficou claro, logo de saída, que se tratava de um convite a adentrar uma longa jornada. Fui descobrindo nessa andança uma outra categoria de livro. Não os classifico nem como “sobre” psicologia, nem como “de” psicologia. A tênue fronteira que existe entre ambas as preposições nos mantém ainda um pouco engessados no viés teórico, numa certa expectativa de nos saltarem aos olhos explicações psicológicas sobre os significados existenciais da Jornada do Herói.

O cruzamento, no entanto, entre jornalismo literário, psicologia e os relatos e textos diários que Isabel publica em seu blog trazem uma nova perspectiva literária, que ela bem soube resumir como “Psych Books – Encontros com a Psique”. Todas as formas de escrita que brotam de suas mãos caminham juntas de uma forma muito íntima, pois são uma elaboração constante e cotidiana de eventos, coisas, sentimentos, situações. E atravessar o arco temporal que vai do Fora da Caixa ao Até Sempre nos mostra isso.

O Fora da Caixa, embora tenha sido publicado bastante tempo depois de ser escrito, é o início dos registros em livro da jornada da Isabel. Essa que é muito mais antiga que o livro. Todo o processo de trazer à luz os enfrentamentos, mortes e renascimentos, se encadeiam nos livros de uma forma muito natural, perpassando questões que todos nós vivemos como a relação com a família, profissão, amores e a morte – a mais dura de todas as nossas passagens.

E é aí que eu começo a escrever no plural e me sentir parte da jornada da Isabel. A jornada se abre para você, e o primeiro passo é aceitá-la. Através da jornada da Isa, caminhando com ela, eu percebo a minha. A cada momento de tomada de consciência dela me sinto também olhando para os meus próprios movimentos e enxergando o que há de mais universal no individual e o que há de mais coletivo nos escritos dela.

Foi quando percebi que toda Jornada tem começo, meio e fim – não um fim permanente, mas uma possível amarração de algo que foi elaborado. Como na cena das cerejas que, quando puxadas uma ou duas, as outras são carregadas na mesma tirada, formando uma possível amarração, uma conclusão importante ou mesmo um bom ponto final em um conjunto de outras resoluções. Suas descrições sobre a descoberta do amor pelo cozinhar e os desafios de se pôr a correr me mostram isso.

Esse ápice é o que sentimos em Até Sempre.

Quando me deparei com os subtítulos, um seguido ao outro “Todos os Lutos” e “Luto e Renascimento”, no livro Até Sempre, simbolicamente por volta da página 100, um número que indica um bom caminho andado e um estado de lucidez misturado a uma sensação ainda de aceitação e revolta, pensei: agora tudo, tudo virá como uma enxurrada, de uma vez só para a consciência. Calma, Isabel, o mais novo renascimento está ainda mais próximo!

Ela entendeu o ponto da jornada em que estava e com isso iluminou o meu momento como leitora. Sabia a essa altura que não seria fácil e que ainda faltava muito chão pela frente. Sua caminhada foi árdua. Perdemos juntas o fôlego. Eu, junto com ela na leitura, pensei, ou melhor, com certeza pensamos: quando isso tudo vai acabar? O Bugio estava lá para nos olhar e dizer: vai, filha, vai passar…”

Luisa Barreto

Do mundo

22/03/2022

Enquanto escrevemos livros, são nossos. Retratam as nossas dores, angústias, dúvidas existenciais. Bem como amores perdidos, sentimentos não correspondidos, silêncios pesados e perturbadores. Também os nossos demónios internos, as nossas alegrias, o que nos faz rir, chorar e, acima de tudo, o que nos liga aos outros. No entanto, não deixamos de ser nós connosco mesmos.

Quando os publicamos, passam a ser do mundo.

Por melhor que escrevamos, saibamos expressar-nos, dominemos a língua e as palavras em todos os seus sentidos, oficiais e emocionais, é impossível saber como serão interpretadas.

Menos ainda como vão chegar ao leitor.

A minha escrita é talvez demasiado pessoal, tem muita voz autoral, o que é claro e inequívoco em todos os livros que publiquei. Daí que me é sempre difícil imaginar de que forma toca nos outros, apesar de os temas serem arquetípicos e, por isso, comuns a toda a humanidade, porque universais.

Mais do que a história de um amor não correspondido, tenho tido um retorno surpreendente e inesperado em relação ao livro que escrevi sobre o luto: Até Sempre.

É sempre bom ouvir que escrevemos bem, naturalmente, mas, com toda a falta de modéstia que possa transparecer, isso eu já sei… Interessa-me mais o impacto que as minhas palavras têm nos outros. O que sentem, como sentem, se se identificam, se se comovem, se riem, se pensam e no que pensam.

Das coisas mais reconfortantes para um escritor, um artista em geral e um INFP em particular, que sempre se sentiu um alien no mundo, e, portanto, bastante isolado do resto do mesmo, é perceber que o que escrevemos encontra afinal eco em quem nos lê. Ouvir que, apesar da experiência muito pessoal de um processo de luto, o livro é universal.

Como me disse uma vez o meu amigo Rafa, se houver uma pessoa que se identifique, que entenda com a alma, o que criamos, a missão da criação está cumprida. E o meu lugar no mundo encontrado.

Até Sempre, mais do que qualquer outro, é a prova disso.

E é mais do que suficiente para continuar a escrever e a publicar.

Muito obrigada e Até Sempre.

Voz

09/03/2022

Diz-se a todos os escritores e artistas em geral, nomeadamente aos que usam as palavras para criar, que precisam de encontrar a sua voz.

Quando perguntam a um escritor qual o momento em que percebeu que o seria, a grande maioria começa por falar das redações da escola, de ter boas notas nas mesmas. De escrever para o jornal da escola; ganhar concursos de escrita de contos. Há os que falam também em diários.

Eu escrevia cartas. Longas, de dez páginas, no mínimo.

A minha incontinência verbal vem de longe… No entanto, a minha cabeça sempre foi muito mais rápida do que a velocidade a que escrevo. E e faço-o muito rápido. Para não me esquecer de escrever tudo o que tenho para dizer. A minha letra é que era, e é…, o diabo…

Às vezes, quase impossível de decifrar pelos destinatários.  

Todos os livros que escrevi até agora são dirigidos, e dedicados, a alguém. Disse no outro dia a uma amiga que são como longas cartas. Tão grandes que tiveram de ser transformadas em livros…

Se tenho uma voz, é essa.

Escrevo como falo. Têm-mo dito várias vezes. Lembro-me do Tiago dizer, em relação ao Message in a Bottle, que nunca tinha lido nada parecido, muito menos igual: “uma longa conversa com o leitor”.

O próximo, que está em processo, será também escrito como se estivesse a falar com o destinatário, que é bem específico, no caso concreto, e cuja identidade será protegida, como foi noutros, exceto o último, por motivos óbvios.

O primeiro era para um destinatário imaginário. O segundo, uma série de cartas de remetentes diferentes, foi para o Sr. Freud.

Sempre adorei escrever cartas. E recebê-las.

Hoje, encontrei este texto belíssimo, sobre cartas que escrevemos e não mandamos. E tenho ainda mais pena que esse hábito se tenha perdido. As últimas que escrevi foram para o meu sobrinho, em 2010…

A juventude de hoje, habituada a posts de Instagram e a tweets, não lê um parágrafo de três frases.

É uma tristeza.

As cartas que escrevemos e (não) mandamos, como os meus livros, a nossa voz, são, no fundo, como os pensamentos da Sylvia Plath: her thoughts merely needed a place in the world, not a response.

É por isso que escrevo. Para que haja no mundo lugar para a minha voz. Lugar esse que será sempre, sempre nos livros. Nos meus e nos de todos quantos falam comigo, na mesma língua. Ainda que num idioma diferente, com as suas vozes únicas e preciosas.

No fundo, é sempre para nós que escrevemos. Cartas ou livros, enviadas ou guardados em gavetas, publicados ou por publicar.

E, com isso, apenas procuramos a nossa voz, o nosso lugar no mundo. Reconhecendo-nos dentro e fora de nós.

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