Cá vamos nós outra vez… Depois do Filipe Nunes Vicente, e de amiga psicóloga que, depois de ler o Eu e o Sr. Freud, me disse que sonhava com pacientes assim, foi o meu mestre de dança: tu que és psicóloga… Neguei prontamente. Explicando que não estava para ser acusada de me afirmar como algo que não sou. Tão simplesmente porque não sou licenciada em psicologia.
No dia em que fez um ano que o meu pai se foi embora para sempre, havia sido a mulher de um colega dele, psicóloga, a chamar-me: cara colega. Sabendo, ao contrário do meu querido mestre de dança, que eu não era licenciada na área.
Na semana passada, um amigo do meu pai estava impressionadíssimo como eu tinha acertado o motivo pelo qual uma conhecida dele que morava em Londres não mais se imaginava a morar aqui. Conhecida essa que, provavelmente, apenas intui, não tem disso consciência. Acontece-me com frequência, desde sempre.
Sou boa nisso, sempre fui. Até mesmo antes de sequer saber da existência de Jung. Com a Psicologia, só aprimorei o que já era meu. Uma intuição fortíssima que se direciona para esta área. Talvez por ser das coisas que mais me fascina e desperta a curiosidade nesta vida: a cabeça das pessoas, como funciona, o porquê deste comportamento, daquela escolha, daquela vida.
Achava que era por causa da minha conversa, por explicar muita coisa com a psicologia. É mais forte do que eu, quando dou por mim, já foi. Quero fazê-lo o mínimo possível, pelo menos em conversas informais, embora me procurem muitas vezes para isso. Prefiro guardar esse tipo de abordagem para o atendimento, o aconselhamento, com hora e dia marcados. Mas estou cada vez mais convencida de que é natural em mim, faz mesmo parte da minha identidade, é verdadeiramente meu…