Há um espaço de tempo entre a morte de alguém e as piadas, moralismos, considerações e demais anormalidades que as pessoas gostam de dizer em público, sobre quem se foi. Como se fossem seres impolutos, perfeitos, resolvidinhos e muito bem dispostos, “de bem com a vida”, argumento que cada vez me mete mais nojinho, porque normalmente revela fraca memória ou falta de noção. Há um espaço de tempo entre um evento trágico e o que fazemos dele depois. Há um espaço de tempo, pelo amor de deus, há um espaço de tempo… Por mais que odiemos quem se foi, por mais que não o conheçamos, e, por isso, estejamos emocionalmente distantes dele, e dos que o perderam, há um espaço de tempo, chama-se pormo-nos no lugar dos que ficaram e que sofrem com a partida daquele “seu”…
Já ninguém sabe o que é…
não está na moda…