Desinformação e má informação

10/06/2024

No turbilhão de informações que recebemos diariamente, torna-se crucial questionar a veracidade das fontes e desmascarar a desinformação. Organizações internacionais – redes sociais, governos e meios de comunicação social -, têm sido cúmplices na disseminação de narrativas manipuladoras, ao semear dúvida e confusão entre as massas, sem que os seus motivos sejam claros.

Entidades como a ONU, OMS e UE, outrora bastiões da credibilidade, têm enfrentado críticas pela sua falta de transparência e conflitos de interesses. A sua dependência de financiamento externo levanta questões sobre a influência indevida na tomada de decisões.

Ameaçando ainda com o “combate à desinformação” ao instar cidadãos a denunciar informações factuais e opiniões de especialistas, que contradigam a narrativa oficial destas instituições

Para navegar neste labirinto de informações contraditórias, é essencial adotar uma postura crítica. Devemos questionar os motivos e as fontes de cada alegação, procurando evidências credíveis que as sustentem.

Exigindo contraditório.

Devemos estar atentos às técnicas de manipulação, como o sensacionalismo, a deturpação de factos, o uso de apelos emocionais e as tentativas de alteração da Constituição.

Assim, para questionar e averiguar a veracidade da informação, é crucial:
  • Verificar as fontes: procure informações de fontes credíveis com um histórico comprovado de precisão e imparcialidade;
  • Consultar múltiplas perspetivas: não se limite a uma única fonte de notícias. Compare e contraste informações de diferentes meios para obter uma compreensão mais abrangente. Se forem todas iguais, desconfie. O mais provável é terem sido encomendadas. Procure saber quem as financia;
  • Procure provas: afirmações extraordinárias requerem provas extraordinárias. Procure dados, estudos e, acima de tudo, testemunhos fidedignos, que sustentem as alegações;
  • Esteja atento a vieses: identifique quaisquer preconceitos ou agendas subjacentes que possam influenciar a informação veiculada.
  • Verifique factos: não use recursos de verificação de factos para verificar a precisão das afirmações. Os “verificadores de factos” são patrocinados pelas mesmas empresas que veiculam “informação” encomendada. Procure fontes de informação independentes.
  • Evite cair no dogma: por mais que gostemos de ter certezas, e precisemos delas para nos sentirmos seguros, é preciso combater o medo dentro das nossas cabeças e evitar cair em falácias, apenas por serem propagandeadas por instituições e organizações internacionais e/ou pessoas em quem já confiámos mais.
Distinguir entre “desinformação” e “teoria da conspiração” pode ser difícil.

Enquanto a desinformação envolve a disseminação intencional de informações falsas, as teorias da conspiração são muitas vezes especulativas, sem nada que as sustente. No entanto, é importante abordar as preocupações legítimas sem desconsiderar alegações como meras “teorias da conspiração”.

A desinformação prospera na ignorância e no medo.

Ao cultivarmos o pensamento crítico, equipamo-nos com as ferramentas para combater esta epidemia insidiosa. Questionar, verificar e procurar conhecimento fiável é a chave para desvendar a verdade num mundo turvo por narrativas manipuladoras.

Por outro lado, à “desinformação” acresce a “má informação” que, por mais verdadeira e factual que seja, considera-se prejudicial para o público em geral. Como se fossemos todos crianças.

Resta saber por que motivo a factualidade é prejudicial… E para quem.

Em suma, cabe a cada indivíduo navegar no complexo panorama da informação, distinguindo factos de ficção, combatendo a desinformação pela via da verificação rigorosa e do pensamento crítico. Somente através de uma cidadania informada e vigilante podemos salvaguardar a verdade e preservar a integridade do discurso público.

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