A frase “discurso de ódio” banalizou-se tanto, propositadamente, que já ninguém sabe o que significa. Grupos muito específicos de gente usam-na, há décadas, para impedir o discurso, o debate, para tentar calar quem faz perguntas. É razoável, racional e lógico.
Ou simplesmente confronta, usando o mesmo tipo de discurso.
Curiosamente, esses grupos específicos de gente parecem estar acima da crítica e das mesmas acusações. Sento livres para expressar-se da forma que melhor entendem, normalmente agressiva, discriminatória, odiosa.
São vários os grupos que, nos últimos anos, têm definido a vida do resto dos mortais.
As definições de palavras como ódio e abuso, entre outras, têm sido propositadamente alteradas para que nelas caibam o que quisermos que caiba. Qualquer um pode acusar outro, normalmente aos berros, de discurso de ódio. No entanto, e aparentemente, só serve para um lado, pelo menos nos dias que correm.
A instrumentalização e redefinição de palavras é sempre a arma dos ditadores.
E, ou bem que o critério é para todos, ou talvez seja hora de parar, dar um passo atrás e voltar às origens e às definições exatas do que as coisas são.
Que é como quem diz: dar nomes aos bois…
Um desses grupos vê-se agora atacado, exatamente com as mesmas armas que têm usado há mais de um século. E, sem surpresas, parece que não gostou. Se esse grupo almejasse de facto à igualdade (não almeja, almeja a privilégios) faria um exame de consciência e perceberia os seus erros. No entanto, como, tal como os que agora fazem o mesmo, se trata de um projeto de poder, vai continuar a vitimizar-se e a atacar os que agora querem encostar esse grupo a um canto. Estamos aqui para ajudar, por isso, é fazerem-se a pergunta:
Será o feminismo um grupo de ódio?