Ponto assente: eu respeito os direitos de autor. Principalmente quando o autor publica verdadeiras bíblias da língua portuguesa. Adiante. O livro em causa é uma bíblia. Está esgotado há que tempos. Parece que a Editora já nem sequer existe. Não sei se o autor é vivo, se, caso não seja, deixou descendentes. É de todo o interesse, pra todos os falantes de língua portuguesa que o livro volte a ser editado. Pagaria o preço que fosse, o livro é, repito, uma bíblia. Enquanto isso não acontece, e porque preciso de trabalhar, qual é a solução? Tirar fotocópias. A senhora de uma reputada casa de fotocópias, depois de me deixar à seca porque se entretinha a pôr quilos e quilos de papel na máquina de fotocópias (a casa estava vazia quando lá cheguei, vazia ficou quando de lá saí) cheia de pruridos e do alto da sua autoridade, agarra no livro e constata que não me pode tirar fotocópias porque diz, no próprio livro, aliás como em todos, a reprodução integral ou parcial desta obra é proibida não sei quê não sei que mais. Porque se aparece um fiscal e me apanha eu apanho uma multa.
Pois eu só espero que isso aconteça mas em sua casa, que os seus CDs e DVDs copiados lhe sejam confiscados e que apanhe uma multa. E os do carro também. Enquanto isso, vou ali à FNAC comprar um tinteiro e faço eu mesma as fotocópias em casa.
[Fotocópias tiradas; mesma casa, mesma pessoa a atender:]
– Boa tarde, queria encadernar isto, se não lhe for causar um grande transtorno…
ela não queria era trabalhar…
a calaceirona…
exactamente, a grande pega! :-D mas lixa-se que eu vou lá, com a maior cara de pau, pedir-lhe pra me encadernar as fotocópias!