É a conexão com, e a rendição a, algo maior do que eu, atemporal, que me comove, sempre.
Já não tenho medo de caminhar entre os mortos.
E faço-o, sem direção ou objetivo, deixando-me guiar por algo que não controlo.
Sem pressa, olhando os nomes cravados na pedra, para sempre.
Talvez numa tentativa vã de os manter aqui, pelos que cá ficam. Com a consciência plena de que todas aquelas almas são livres, agora. Por terem vivido as suas vidas da melhor forma que puderam e souberam. Guiadas pelos deuses, a vontade, o instinto, o arquétipo.
Invejo-lhes a ausência de corpo e a presença de espírito.

não está aqui ninguém, podes chorar.
Na necrópole de Glasgow, que fica numa elevação do terreno, ao lado e acima da catedral que serviu de Hôpital des Anges, em Outlander, choro os mortos dos outros. E os meus, um bocadinho, aproveitando que aqui, onde deixaram os seus ossos, estão mais pertinho do céu.