Elevação

08/08/2023

Houve muito o que valorizar nesta JMJ. A reter e a lembrar, para memória futura. Mas talvez o que mais e melhor tenha impressionado foi o exemplo de elevação de um milhão e meio de jovens. Do mundo inteiro, literalmente. Parece que só das Maldivas não veio gente. (Da Coreia do Norte é capaz de também não ter vindo…)

Tentaram de tudo para os demover…

Primeiro, foram “os abusos”. E não houve uma alma que lhes dissesse que, não só a própria Igreja pediu um relatório a uma comissão independente, como tal relatório, acessível online, revela que os números foram baseados em extrapolações, por sua vez baseadas em denúncias anónimas, sem qualquer controlo sobre os autores, e que têm sido reiteradamente invalidadas.

Apesar de o Júdice ter chegado perto, quando perguntou a uma jornalista se fazia sentido ir para a Festa do Avante perguntar às pessoas o que achavam dos 100 milhões de vítimas mortais do comunismo.

Depois foi a bandeira e a “missa LGBT”.

Seguida de um aproveitamento de uma frase do Papa que, aliás, não é novidade: a igreja não fecha nem nunca fechou as portas a ninguém. De resto, só há uma missa. Queixam-se tanto de discriminação, mas auto-discriminam-se o tempo todo. Por outro lado, o evento era religioso, não político ou ideológico. Não era, de facto, o local para bandeiras ideológicas. Nem de partidos, nem de “comunidades” que, por alguma razão, acham que têm direitos especiais.

Não têm. Têm direitos humanos, como toda a gente. E, na minha modéstia opinião, já têm privilégios a mais, que é, no fundo, o que querem.

Porque os direitos que cabem aos outros já os têm.

Depois foi o calor… 40 graus em Lisboa, em Agosto… Estranhíssimo. Nunca se viu. Agora são “os custos”…

Não houve lixo, confusão, desperdício, violência, chatices. Gente a auto-destruir-se, excessos, nada que perturbasse a missão destes jovens.  A paz e a ordem pública. Ainda, e, de brinde, um enorme exemplo de “multiculturalismo”.

Esta “Juventude do Papa” foi exemplar.

E que experiência maravilhosa tiveram. Sem divisões. Que é o que o poder político e os seus lacaios da comunicação social odeiam. Comunicação social essa que, no terreno, não tinha outro remédio: render-se. À alegria contagiante, ao silêncio de um milhão e meio de pessoas. A gente que não se demove do seu objetivo, que não se deixa ir na conversa do miserabilismo, da desgraça, da vitimização. Verdadeiros heróis. E que precisados estamos deles.

É imperioso substituir a vitimização pelo heroísmo.

Por isso e por muito mais, trago para mim o exemplo e a elevação destes jovens Católicos, nomeadamente:

Construir pontes, não ter medo, cair e levantar-me, sujar as mãos, para não sujar o coração, aproximação ao outro, correr o risco de amar, pois não estamos sozinhos.

Ademais, é a alma que constrói pontes…  

Não o ego…

Portanto, a JMJ foi uma festa, o que é natural, onde há jovens, há alegria, ou deveria… Quem haveria de dizer que seriam jovens Católicos a mostrá-lo?

Há comunidades e “comunidades”…

Milhares de famílias por esse Portugal fora acolheram jovens e membros da Igreja nas suas casas. Sem fazer barulho, sem bandeiras. Pelo país inteiro, as igrejas nunca estiveram tão cheias. Daí que, e pelos vistos, o Cristianismo permanece firme e forte. Apesar de toda a propaganda que contra ele e o Catolicismo tem sido feita. Só não viu quem não quis.

Também isso é sinal de elevação. E um grande exemplo para todos nós.

NB: Muito bem resumido, por Pedro Sanches, no Expresso:

“E o amor de Deus, o amor de Cristo é para todos. Todos. Todos. Mas a paz é a paz de Cristo, não é a paz do mundo. É acolhimento de todos, não é acolhimento de todas as ideias. É amor pelos homossexuais, não é adopção de siglas que arrumam pessoas em caixas nem filiação na ideologia de género. É redistribuição justa de riqueza, não é bloqueio à criação de riqueza. É moral na actividade económica, não é supressão da actividade económica. É respeito pela diferença, não é ditadura da igualdade. É respeito por todos, não é erradicação da liberdade.”

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