O Gaslighting é uma forma insidiosa de manipulação emocional. Já que visa fazer que a vítima questione a sua própria sanidade e perceção da realidade. Desta maneira, o processo ocorre gradualmente ao longo do tempo.
E que envolve as seguintes etapas:
Negação: o agressor nega a realidade da vítima, insistindo que os seus sentimentos, pensamentos ou experiências são inválidos ou imaginários.
Distorcer a verdade: o agressor apresenta uma versão distorcida dos eventos, manipulando os factos e as informações, para se adequar à sua narrativa, que é muitas vezes contraditória, e fazer que a vítima duvide da sua memória, causando confusão e incerteza.
Desvalorização: o agressor desvaloriza a vítima, minimizando os seus sentimentos, pensamentos e realizações. Assim, trivializa as emoções e preocupações da vítima ao anular os seus sentimentos, acusando-a de ser muito sensível ou irracional.
Isolamento: o agressor isola a vítima dos seus amigos, família e outros sistemas de apoio, tornando-a mais vulnerável e dependente do agressor.
Controlar a narrativa: o agressor assume o controlo da narrativa, ditando o que é “real” e o que não é, fazendo que a vítima duvide da sua própria perceção. Assim, ganha gradualmente o controlo sobre a vítima, influenciando as suas decisões, comportamentos e crenças.
Logo, é fundamental protegermo-nos contra o Gaslighting, ao:
Reconher os sinais: esteja atento a padrões de negação, distorção, trivialização, isolamento e controlo;
Confiar nos seus instintos e perceções: se algo parece ser manipulador ou não bater certo, confie na sua intuição;
Registar as interações com o potencial agressor: mantenha um registo de conversas, mensagens de texto ou e-mails que demonstrem o comportamento de Gaslighting;
Procurar apoio: fale com amigos, familiares ou um terapeuta de confiança, para obter apoio;
Estabelecer limites: comunique claramente ao agressor que o seu comportamento não será tolerado;
Dar prioridade ao cuidado e ao bem-estar pessoais: esteja atento à nutrição e à prática regular de exercício físico.
Cortar o contacto: se possível, corte o contacto com o agressor para se proteger de mais abusos.