Acabo de saber que morreu a Joan Didion.
No meu altar dedicado ao Jornalismo Literário, os seus livros têm um lugar de destaque.
Foram os melhores testemunhos que li sobre o luto, ao ponto de conseguir ouvir a sua voz, como no documentário da Netflix, que já vi várias vezes. E, na sua imensa fragilidade, encontrei uma força ainda maior.
O poder da delicadeza, que a própria Joan Didion representava, na sua voz e na debilidade do seu corpo.
Por maior que seja a perda para o mundo dos vivos, o reencontro com o marido John e a filha Quintana, mesmo a tempo do Natal, reconforta-me.
Joan Didion é um dos maiores e melhores exemplos do que o jornalismo literário deve ser. O seu legado estimado por todos quantos se dedicam de alma e coração a esta nobre arte.
Um dia quero escrever assim, com elegância e verdade, coragem e vulnerabilidade. Como ela, tão, tão grande…
Que descanse em paz, o meu eterno obrigada.