Continua a usar-se o mesmo método para controlar pessoas que dão trabalho por pensarem e serem diferentes, pessoas que se atrevem a desafiar e a contestar o que lhes dizem como sendo “certo”, que cujo único “problema” é pensarem pela própria cabeça, não acatarem ordens, questionarem a autoridade e não se contentarem com um: é assim. Antes, rotulavam-nas de loucas, atiravam com elas para sanatórios, punham-nas em camisas de forças e davam-lhes choques elétricos. Hoje, diagnosticam-lhes “doenças mentais”, dizem-lhes que têm “desequilíbrios químicos” e enfiam-lhes comprimidos pela boca abaixo. E começa cada vez mais cedo, porque rotular crianças de hiperativas e transtornadas de alguma coisa é muito mais fácil do que reconhecer que o ambiente em que estão envolvidas pode ser a causa de toda a ansiedade e “distúrbios” de que a criança sofre. Pá, a sério, mais auto-conhecimento, mais responsabilidade e menos medicamento, por favor.