Hoje (25/4), dia em que se comemora a Liberdade cá no burgo, na pátria que me pariu, como dizia o outro, quero lembrar os defensores da mesma que a pior ditadura é a do pensamento único.
E que a segunda pior é a do pensamento polarizado.
Que não há mente mais aprisionada do que a que proíbe ou condena quem expressa e defende opiniões e posições contrárias às suas. Que um ditador e um governo são relativamente fáceis de mandar abaixo. Para tal, basta que se junte uma multidão e que esta se mantenha coesa e firme nos seus propósitos. Por um ideal maior do que os seus próprios interesses. Sem ser preciso recorrer à violência.
Assim, nem tiros são precisos disparar.
Difícil é conter a multidão, a turba que te isola e te condena ao ostracismo, por ousares ser ponderado, ver os dois lados de muitas questões, sem necessariamente condenares o outro por pensar diferente de ti. A não ser, claro, que te ameace e aos valores que a tua Constituição defende. Um deles, e o mais importante:
O direito à liberdade de pensamento.
Essa, ninguém no-la tira.
Viva a Liberdade, de pensamento, de ação, de expressão. Viva o livre arbítrio, a decisão individual, a escolha própria. Mesmo que vá contra o sistema. E a falsa paz podre em que assenta para controlar as massas, para proveito de meia dúzia, sobre o falso pretexto da segurança.
Ademais, o direito à Liberdade é de todos. À definição da mesma também. A Liberdade não é de meia dúzia. E a mim ninguém dá lições sobre o que é e não é ser livre. Por falar nisso, viva o 25 de Novembro.