Detesto que pessoas que não me conhecem, nunca me viram, me toquem. Odeio, assim mesmo, com todas as letras. Que me dêem encontrões então, apetece-me matá-las, ou desatar aos gritos descontroladamente. Normalmente é isso que acontece, um rosnanço avulso, um palavrão básico… Falei nisso uma vez com um terapeuta, porque a coisa me tira do sério, à séria. A coisa é de tal forma que me fez dar vários gritos, seguidos dos palavrões mais cabeludos, num mercado na Índia, onde o povo acha que por sermos ocidentais nos pode tocar e fazer as perguntas mais descaradas. Os gajos tocam-nos a toda a hora, agarram-nos no braço para nos levar lá pra barraca deles. Ficava louca… Tive vários ataques nervosos na Índia, um deles foi por isso, porque o povo se encosta, é carente de contacto físico. Ele disse que é porque é uma invasão.
Há aquela coisa dos 6 graus de separação entre nós e quem nós quisermos, não é? Pois arranje-se uma lei qualquer para impedir que pessoas que não conhecemos de lado nenhum se sentem ou fiquem ao nosso lado, coladas a nós, quando há mais não sei quantos espaços vazios onde se podem instalar.
Uma cadeira, uma pessoa de distância, por favor.
Também detesto que me toquem sem me conhecerem de lado nenhum. :\
eu sou de contactos, mas claro que há limites, como por exemplo essa situação que descreves. senti-me assim nos mercados em marrocos…
sou bem tactil tb, só nao gosto é que gente que nao me conhece me agarre.