
O cinema nórdico contribui para que nos aceitemos uns aos outros. Não porque trocamos defeitos, eu aceito o teu e tu o meu, mas porque nem sequer os apresenta como defeitos, apresenta-os como características, como coisinhas do ser humano, que é humano por isso mesmo, porque tem ataques, inseguranças, raivas, ódios e coisinhas, muitas coisinhas… E talvez seja por isso que não é divulgado. Porque o mundo insiste nessa estupidez da perfeição, nesse delírio mental, porque inatingível, porque simplesmente não existe, não é possível nem sequer desejável.
Há sempre uma violência implícita, principalmente nas crianças, bem explícita em alguns casos, que dá dó porque parecem sempre uns anjinhos, com os seus cabelos loiros e as suas peles branquinhas. Ou a personificação dos anjos que estamos habituados a ver. Ainda falam do Hitler, a personificação de anjos loiros de olhos azuis e pele branquinha é-nos imposta em todo o lado, até hoje. Jerusalém devia ter muita gente loira, devia… Se a internet serve para alguma coisa é pra isto. Compartilhemos, sim, ainda que a preços irrisórios. Adiante…
No cinema nórdico que tenho visto a coisa nunca é exatamente como achamos que será. E isso é bom. O cinema escandinavo ajuda a trocar a lente e o amor vence sempre. Não o amor nhónhónhó, o amor peguento, o amor apregoado, o amor das flores e dos chocolates, da casinha com cerca branca e dos cães. O amor dos gestos, dos gestos…
Sempre tive uma paixão inexplicável pela Escandinávia, agora percebo porquê… Aqui ficam alguns títulos:
Adams Aebler (Dinamarca)
Baeken (Dinamarca)
Havaii (Noruega)
Baeken (Dinamarca)
Havaii (Noruega)
Let the right one in (Suécia)
Brothers (idem)
Open hearts (idem)
In a better world (idem)
Depois do casameno (idem)
*Imagem: Aí, um momento d’oiro como deve ser.
Concordo com tudo. É muito mais fácil conviver com ídolos e super heróis prontos e acabados do que com essa gente que muda sempre, como o vizinho do outro lado do muro ou (horror dos horrores!) nós mesmos.
:) é isso! ou com a fantasia de nós mesmos…