Há livros que nos falam, sem sequer os abrirmos. A permanência da palavra escrita irrompe pelos ouvidos, ficando o seu sussurro a navegar na nossa cabeça.
Os meus preferidos.
Os livros que nos chamam das prateleiras. Em casa bem como nas livrarias.
Também julgamos pela capa.
Sete anos de Book Depository equivaleram a 120 Livros e 1600€.
Por outro lado, livros, e séries, têm o efeito em mim que as notícias têm para algumas pessoas.
Companhia.
Ter saudades de personagens é isso. Viver a vida delas e depois mais nada. O vazio do desaparecimento, do abandono, do fim das coisas. Por isso revejo séries tantas vezes. Como o sexo e a cidade, até à 4ª temporada. O Divorce.
Ou o Younger, quando ainda me lembro dos episódios.
Pois, para evitar gastura, tenho andado para trás nos canais de cabo que dão filmes de outros anos, parecem de outros tempos, e apanhado boas coisas. A maioria revejo. Como aquele belíssimo com o Ruffalo e a Keira Knightly. Outras, apanho boas surpresas.
Gosto de filmes, séries e livros sobre livros. E sobre escritores.
A premissa do filme que apanhei no Hollywood é essa, a dos livros que nos falam.
E cujos personagens, neste caso, saltam das histórias para a vida e vice-versa. Por isso, tem personagens impossíveis, por ser uma fantasia. E uma história para agarrar o leitor, em que ninguém precisa de ser assassinado. Como parece acontecer com todos os filmes e séries por streaming. Ou são Hallmark e Real Entertainment, a mesma distribuidora, ou alguém morre assassinado.
Mas é bonitinho.
De resto, acabei o 48 leis do poder, a bio do Hesse vai bem, The Will to Power para não quebrar o ritmo, mas antes, Ruy Castro, e o seu livro sobre escrever. Mais um… Que lerei muito provavelmente no fim-de-semana… Não estava nos escaparates da Bertrand de Alvalade, o que é estranho. Ainda por cima, o JMT recomendou-o no último GS.