“Nos tempos modernos, a forma mais eficaz de inculcar medo deliberadamente é pela via da “propaganda relâmpago”. Na propaganda relâmpago, todos os tentáculos dos meios de comunicação convencionais presenteiam o público com evidências reais ou fabricadas de um ato horrífico e relevante, nacional ou internacionalmente, ou de uma crise que prejudicará seriamente a sociedade. Se o retrato do evento ou da crise, por parte dos meios de comunicação social, for suficientemente dramático e persuasivo pode espoletar uma histeria coletiva que se perpetua automaticamente. As reportagens iniciais incentivam as pessoas a criar o hábito de ir para as redes sociais para publicar as suas reações instintivas e baseadas no medo, alimentando ainda mais o frenesim, intensificando assim o clima de medo. (…) “A propaganda relâmpago é constituída por ataques rápidos intencionais para infligir o máximo de medo no menor tempo possível.
A propaganda relâmpago é:
1. Baseada em alegações de dados novos e dramáticos;
2. Comunicada de forma emocionalmente intensa e moralmente indignada;
3. Aparentemente sustentada pelo consenso entre empresas de comunicação/académicos/peritos;
4. Reforçada pela condenação de quem quer que seja que sequer se atreva a questionar o aparente consenso…
Os propagandistas têm perfeita consciência de que a atenção dos meios de comunicação rapidamente passará para alegações de novas e dramáticas evidências, daí que a duração das alegações não constitua uma preocupação fundamental.” Via: Academy of Ideas
A disseminação de imagens perturbadoras de conflitos armados em todo o mundo, gráficas, transmitidas e difundidas repetidamente pelos meios de comunicação tradicionais e pelas redes sociais, provocam emoções fortes, criando um clima de ansiedade e incerteza.
A “propaganda relâmpago”, ferramente de manipulação emocional, concentra-se no impacto imediato, servindo-se de alegações dramáticas. A condenação daqueles que questionam a narrativa oficial reforça ainda mais o medo, entretanto generalizado, inibindo assim o pensamento crítico.
Assim, a “propaganda relâmpago” explora a resposta humana natural ao medo.
A inundação de informações dramáticas sobrecarrega a capacidade cognitiva. O que leva a reações impulsivas e irracionais. Por outro lado, o consenso aparente cria uma pressão social no sentido da conformidade, levando ao silêncio de vozes dissidentes.