“A Arte da Sedução”, de Robert Greene, é um manual sobre a sedução, nas suas diferentes formas.
Tal como noutros dos seus livros, também aqui Greene usa exemplos de personagens históricos para evidenciar a realidade dos factos. Greene, exímio contador de histórias, é mestre na arte de aprender com o que não consegue dominar. E um especialista na transmissão desse conhecimento aos demais.
“A Arte da Sedução” encontra-se dividido em quatro partes.
Na primeira, intitulada: “O personagem sedutor” apresenta-nos 10 tipos de sedutores, como a Sereia, o Amante Ideal, o Charmoso e o Anti-sedutor.
Na segunda, à qual deu o título de: “O processo da sedução”, Greene explica como este processo funciona, em duas fases.
Durante a primeira, o sedutor precisa de escolher a sua vítima, criar uma falsa sensação de segurança, enviar mensagens dúbias, aparentar ser um objeto de desejo, criar uma necessidade, tornar-se mestre na arte da insinuação, entrar no espírito do seduzido e criar tentação.
Na segunda fase, o sedutor começa por manter o suspense, usar o dom da palavra para espalhar a confusão, prestar atenção ao detalhe, poetizar a sua presença, desarmar pela estratégia, a fraqueza e a vulnerabilidade, confundir desejo com realidade e isolar a vítima.
Na terceira parte, “o precipício”
Greene leva o efeito da sedução mais longe, ao usar medidas extremas, tais como: provar quem é, regredir, acordar o transgressor e o tabu na sua vítima, usar iscos espirituais e misturar dor e prazer.
Por fim, na quarta parte, “preparar-se para a estocada final”
Greene começa por sugerir dar espaço, ou seja, o perseguidor é agora perseguido. Segue usando iscos físicos. Aconselha a dominar a arte da ousadia. E, por fim, aconselha a ter cuidado com os efeitos adversos.
Acusam-no muitas vezes de maquiavélico
Greene afirma que este, tal como outros dos seus livros, não se dirige a quem já domina a arte da sedução. Pelo contrário, a sua intenção é precisamente munir as vítimas da sedução de um manual completo sobre essa nobre arte. Para que evitem cair na esparrela e ser enganadas.